Classicos Abril Coleçoes
1o. e 2o. volumes:
R$ 14,90
A introdução em quatro versões.
Numa dessas tardes mais quentes dos princípios de julho, um rapaz saía do pequeno quarto que alugara, no Beco S., dirigindo-se, o passo tardo, vacilante, para a ponte K. Teve sorte por não encontrar, na escada, a senhoria.
A água-furtada ficava no alto de uma casa enorme, de cinco andares, e parecia mais um armário do que um cômodo habitável. A criatura que lhe alugara o cubículo, com comida e serviços da empregada, morava, justamente, logo embaixo, de maneira que era obrigado, toda vez que saísse, a passar pela frente da respectiva cozinha, cuja porta, geralmente escancarada, dava para a escada. Nessas ocasiões, sua expressão se contraía e vinha-lhe, sempre, aquela vaga sensação mórbida de pavor, que o humilhava. É que, devendo alguns meses de aluguel, receava encontrá-la.
Abril Coleções – Trad. Rosário Fusco
Em um maravilhoso entardecer de julho, extraordinariamente cálido, um rapaz deixou o quarto que ocupava no sótão de um vasto edifício de cinco andares no bairro de S*** e, lentamente, com ar indeciso, se encaminhou para a ponte de K***.
Teve a felicidade, ao descer, de não encontrar a senhoria, que morava no andar inferior. A cozinha, cuja porta estava sempre escancarada, dava para as escadas. Sempre que se ausentava, via-se o moço na contingência de afrontar as baterias do inimigo, o que o fazia passar pela forte sensação de quem se evade, que o humilhava e lhe carregava o sobrecenho. Devia uma quantia considerável à locatária e receava encontrá-la.
Ediouro-Trad. Luiz Cláudio de Castro.
Nos começos de julho, por um tempo extremamente quente, saía um rapaz de um cubículo alugado, na travessa de S..., e, caminhando devagar, dirigia-se à ponte de K...
Discretamente, evitou encontrar-se com a dona da casa na escada. O tugúrio em que vivia ficava precisamente debaixo do telhado de uma alta casa de cinco andares e parecia mais um armário do que um quarto. A mulher que lho alugara, com refeição completa, vivia no andar logo abaixo, e, por isso, quando o rapaz saía tinha de passar fatalmente diante da porta da cozinha, quase sempre aberta de par em par sobre o patamar. E todas as vezes que procedia assim sentia uma mórbida impressão de covardia, que o envergonhava e fazia franzir o sobrolho. Estava zangado com a dona da casa e tinha medo encontrá-la.
A introdução em quatro versões.
Numa dessas tardes mais quentes dos princípios de julho, um rapaz saía do pequeno quarto que alugara, no Beco S., dirigindo-se, o passo tardo, vacilante, para a ponte K. Teve sorte por não encontrar, na escada, a senhoria.
A água-furtada ficava no alto de uma casa enorme, de cinco andares, e parecia mais um armário do que um cômodo habitável. A criatura que lhe alugara o cubículo, com comida e serviços da empregada, morava, justamente, logo embaixo, de maneira que era obrigado, toda vez que saísse, a passar pela frente da respectiva cozinha, cuja porta, geralmente escancarada, dava para a escada. Nessas ocasiões, sua expressão se contraía e vinha-lhe, sempre, aquela vaga sensação mórbida de pavor, que o humilhava. É que, devendo alguns meses de aluguel, receava encontrá-la.
Abril Coleções – Trad. Rosário Fusco
Em um maravilhoso entardecer de julho, extraordinariamente cálido, um rapaz deixou o quarto que ocupava no sótão de um vasto edifício de cinco andares no bairro de S*** e, lentamente, com ar indeciso, se encaminhou para a ponte de K***.
Teve a felicidade, ao descer, de não encontrar a senhoria, que morava no andar inferior. A cozinha, cuja porta estava sempre escancarada, dava para as escadas. Sempre que se ausentava, via-se o moço na contingência de afrontar as baterias do inimigo, o que o fazia passar pela forte sensação de quem se evade, que o humilhava e lhe carregava o sobrecenho. Devia uma quantia considerável à locatária e receava encontrá-la.
Ediouro-Trad. Luiz Cláudio de Castro.
Nos começos de julho, por um tempo extremamente quente, saía um rapaz de um cubículo alugado, na travessa de S..., e, caminhando devagar, dirigia-se à ponte de K...
Discretamente, evitou encontrar-se com a dona da casa na escada. O tugúrio em que vivia ficava precisamente debaixo do telhado de uma alta casa de cinco andares e parecia mais um armário do que um quarto. A mulher que lho alugara, com refeição completa, vivia no andar logo abaixo, e, por isso, quando o rapaz saía tinha de passar fatalmente diante da porta da cozinha, quase sempre aberta de par em par sobre o patamar. E todas as vezes que procedia assim sentia uma mórbida impressão de covardia, que o envergonhava e fazia franzir o sobrolho. Estava zangado com a dona da casa e tinha medo encontrá-la.
Editora Nova Cultural – Trad. não mencionada.
Nos começos de julho, numa tarde muito quente, um rapaz saía de um cubículo alugado, na travessa de S*** e, caminhando devagar, dirigiu-se à ponte de K***.
Discretamente, evitou encontrar-se com a dona da casa na escada. O quarto em que vivia ficava precisamente debaixo do telhado de uma alta casa de cinco andares, e parecia mais um armário do que um quarto. A mulher morava no andar logo abaixo, de maneira que, quando o rapaz saía, tinha de passar fatalmente diante da porta da cozinha, quase sempre aberta. Nessa hora, sempre experimentava uma sensação de covardia, que o envergonhava.
Discretamente, evitou encontrar-se com a dona da casa na escada. O quarto em que vivia ficava precisamente debaixo do telhado de uma alta casa de cinco andares, e parecia mais um armário do que um quarto. A mulher morava no andar logo abaixo, de maneira que, quando o rapaz saía, tinha de passar fatalmente diante da porta da cozinha, quase sempre aberta. Nessa hora, sempre experimentava uma sensação de covardia, que o envergonhava.
Edições de Ouro – Recontado por: Carlos H.Cony.
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