sábado, 22 de maio de 2010

Gramíneo









fica comigo
grama de jardim
sol que arde
poeira, terra, areia

tudo voa mesmo o vento

minhas mãos agarram o chão
escavam até a raiz do domingo

esse é o dia
a folha de papel
o diário
a foto no jornal
antiga e
ainda quente
viva pele

imagens falando
ao corpo pueril
blusa de malha na manhã

queria abraçar este céu.


Um comentário:

  1. Céu, nítido, entristecido.
    É único Caminho, para quem em vida, opta pelo morrer diário.

    Agora o concreto (céu) é azul, e é só pintar sorrisos para agarrá-lo!
    Os cinzas, é para lembrar, que na vida, há o que sofrer.

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