segunda-feira, 28 de junho de 2010

Livro: O Exílio e o Reino


Em época de Copa do (i)Mundo, vale indicar a obra O Exílio e o Reino, de Albert Camus. São seis contos que discutem a oposição entre os extremos da chamada “consciência da revolta” camusiana.
De um lado, a solidão, a condição de marginal dos que rejeitam o fluir do mundo, a vida de gado imposta pelos sistemas e poderes que conduzem a dita civilização. A este, anti-herói solitário, arquétipo do universo camusiano, que se recusa a interpretar um papel que lhe é imposto e opta pela sinceridade, o preço a ser pago é o EXÍLIO.
Na outra extremidade, está aquele que se conforma com o papel que lhe é atribuído. Transpondo para nossa realidade, seria o torcedor da seleção brasileira, uniformizado e eufórico. Aquele, cuja história pessoal repousa na história universal. Ação que, na obra de Camus, se aproxima do conceito de felicidade, de REINO.

Independentemente da extremidade que se ocupa, a leitura é recomendada. Destaque para os contos: “A mulher adúltera”, “Os mudos”, “O hóspede” e “Jonas ou o Artista Trabalhando”.



Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de
todas as nações.
O meu país com sua corja de assassinos, covardes,
estupradores e ladrões...
Vamos comemorar feito idiotas,
a cada Fevereiro e Feriado...
é festa da torcida campeã!”
Perfeição - Legião Urbana.

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