segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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A ORIGEM
Resumo: Um grupo especializado em entrar em sonhos de outras pessoas, seja para obter informações ou plantar “ideias”. O objetivo é mudar as opiniões de quem está sonhando, suas intenções ou, até mesmo, torná-las diferentes de tudo aquilo que haviam sido até então.
Ponto alto: as construções dos sonhos, perfeitamente alinhados ao que o roteiro exige.
Ponto altíssimo: os vários níveis de sonho que, inclusive, possibilitam sonhos dentro de outros sonhos, criando novas dimensões e culminando no limbo, as regiões onde os sonhos são mais distantes do controle das mentes que os constróem.
Ponto super altíssimo: as relações de tempo entre um nível de sonho e outro.
Carta na manga: o fio condutor ser um drama romântico.
Ápice dos ápices: o clímax de três histórias juntas, dos mesmos personagens, caminhando para um só desfecho. Algo inovador, já que isto sempre acontece entre personagens distintos. Aqui não. São os mesmos, indo na mesma direção, em três situações distintas.
Implicações metafísicas e epistemológicas: saber o que é real e o que é um sonho.
Dilemas metafísicos e epistemológicos: o que é melhor, ficar no mundo real ou no mundo dos sonhos?
Trilha sonora: marcante.
Roteiro: Você irá falar do filme durante um bom tempo depois de tê-lo visto.
Grau de parentesco: tudo o que o primeiro Matrix poderia ter sido e não foi.
Momento cético 1: Se você não entrar no filme, vai achar que é um desperdício de esforço um grupo de pessoas articular um plano tão engenhoso quanto este de obter informações ou implantar outras na mente das pessoas. Mas esta possível impressão do “muito barulho por nada” só ocorre se o roteiro não te envolver. O que é um desafio de toda produção humana (não só artística) e que inclui considerar as inclinações pessoais do público-alvo. Assim, o filme talvez seja indicado apenas para “iniciados” em produções que fazem esta ponte contemporânea da ficção-psicologia-filosofia-ação-aventura-romance. Mas seria ótimo que os não iniciados soubessem aproveitar algo do que o filme tem a dizer. Talvez por isso o quesito romance tenha sido tão bem arranjado na trama. E o Di Caprio protagonizando tudo.
Momento cético 2: Talvez não fique muito claro como é o processo de alinhamento dos sonhos de todos os integrantes do grupo. Mas pode ser que, na versão em cinema, a parte didática do assunto tenha sido reduzida.
Não ignorar: o Michael Cayne e o Tom Berenger.
Conclusão: “A Origem” é uma experiência vertiginosa.
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deveras correto toda a articulaçãoainda é válido ressaltar que mais do que um dramaromânticopsíquicoinstigador...o filme trata de perder-se, aprisionar-se e libertar-se de si..uma buscapor um reencontro com a sua realidade ainda queangustiante!! ^^ mas tudo fica muito claro ao"sentir" o filme, e como não se permititr envolver-se!
ResponderExcluirmuito bom e que avertigem oásica mais real não?!