sábado, 30 de junho de 2012

O que é a verdade?



O que é a verdade?
Arquivo X: a verdade está fora.
Os poetas simbolistas: a verdade está no vinho (in vinu veritas).
Sócrates: a verdade está dentro de nós “conheça-te a ti mesmo”. “Enquanto a alma estiver absorvida nessa corrupção, jamais possuiremos o objeto de nossos desejos, isto é, a verdade”. (Fédon).
Platão: o conhecimento é crença verdadeira justificada (Teeteto). Gettier refutou com uma série de contra-exemplos.
Aristóteles: dizer ao que é que é, e ao que não é que não é. (Metafísica IV, 1011).
Sujeito - Objeto - Representação - Verdade
Religiões orientais (budismo, hinduismo): a verdade está aqui dentro.
Jesus: De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem. (João 18:37). Mas Pilatos questiona: O que é a verdade? (João 18:38).
Jesus: se calaria. Certas perguntas não merecem resposta. Ele É a verdade.
Paulo: Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade? (Gálatas 4.16).
Schopenhauer: “a verdade é o ser que se aniquila...”.  A verdade é a Vontade, e a música, única capaz de exprimi-la em sua essência. A pergunta final que a ele faria: Estamos sós?

Quando predomina a aletheia: a verdade está nas próprias coisas, na própria realidade, é a adequação do nosso intelecto à coisa ou da coisa ao nosso intelecto.

Quando predomina a veritas: a verdade depende do rigor e da precisão na criação e uso de regras de linguagem.

Quando predomina a emunah: a verdade depende de um acordo ou de um pacto de confiança. A marca da verdade é o consenso e a confiança.

sábado, 9 de junho de 2012

Sobre a poesia













Existem muitas maneiras de se dizer as coisas.

Normalmente, as pessoas dizem simplesmente:

— Anoiteceu.


Os poetas, porém, preferem dizer:

“O entardecer já embalava a Terra
E nas montanhas pendia a noite
vestido de névoa estava o carvalho
Um gigante robusto, lá,
Na floresta, de onde a escuridão
Com cem olhos negros fitava”.
                                                           (Goethe)

ou ainda:

“E quando o sol se deitou
E as estradas a sombra cobria”.
                                                           (Homero)


A linguagem não é mesmo fascinante?